21 agosto 2012

Montanha russa

São 22h10 e estamos a 29 graus em Barcelona. Não que isso importe muito com esse post mas, registrar tudo sempre é bom. Estou com a alma apertada. Com uma sensação estranha, tipo aquelas que "dizem" o que está por vir. O detalhe aqui é que não quero que venha. Existem tantas teorias, tantas frases escritas, tantos livros, quando tudo é muito mais fácil. Eu sei o que é amor e o que é amar. As vezes acho que não sei amar. As vezes acho que amo errado. As vezes, escuto que amo errado. Como seria amar errado? Sinceramente não sei responder a essa pergunta. Basicamente porque a resposta seria o contrário de tudo o que eu escuto que as pessoas querem e na maioria das vezes não fazem. Todo mundo quer encontrar a alma gêmea na mesma proporção que todo mundo tem medo de encontrar a alma gêma. Ah...seria muito fácil e monótono encontrar alguém que você saiba que é a sua alma gêmea. COMO?!?! Seria a coisa mais linda do mundo. Mas, são tantas teorias sobre a existência e atuação humana na terra que é impossível aproveitar os "achados". Aí, você não encontra a alma gêmea. Mas, encontra alguém mais ou menos muito igual a você. Você se reconhece nessa pessoa. E deseja se dar. Se entregar 100%. Dar-se. E parece que começa um jogo. Onde quanto mais você se mostra, mais o outro quer que você se esconda. E se você começa a se esconder mais o outro quer que você se mostre. Jogar. Não quero jogar. É a única grande coisa que eu não quero. Ok, me rendo, eu Não sei jogar. Na minha cabeça é dificil relacionar jogo com amor. E chega o momento em que me dizem que eu vivo em mundo fantástico. Mas, poxa, todo mundo quer esse mundo! Mas, ninguém tem coragem de assumir ou melhor, ninguém tem coragem de se deixar levar. Estou tão cansada de que me "obriguem" a jogar. Farta de escutar que TENHO que jogar. Tão chateada por ter que ser quem eu não sou pelo simples fato de que as pessoas não se deixam ser quem querem ser. Talvez esteja sendo dramática. E assumo que posso ser bem dramática. Mas é que minha alma apertada está calada. Não chora, não ri, não reage. Deu por escrever... E as borboletas que sempre estão na barriga, resolveram passear. Agora insistem em aparecer da maneira mais inusitada e na maioria das vezes voando assim por mim, como quem diz "Está me vendo? Estou aqui." Contudo, ainda preciso aprender a mensagem da borboleta nesse momento. Existem tantas teorias, tantas frases escritas, tantos livros. Existe tanto amor... São 22h39, dia 21 de agosto de 2012 e apenas temperatura continua igual.

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